Tiago Monteiro (3º) subiu ao pódio na Boavista com sexta vitória de Robbie Huff no campeonato
Piloto português regressou ao quarto lugar do WTCC.
Tiago Monteiro subiu ao pódio, na segunda corrida do WTCC, que teve lugar no Circuito da Boavista. Com este resultado, o piloto português subiu ao 4º lugar no “ranking” de pilotos, atrás dos três Chevrolet Cruze. Entre estes, o melhor foi Robbie Huff, que se vingou, assim, do desaire da corrida da manhã e consolidou a liderança entre pilotos.
O mais recente piloto português a passar pela Fórmula 1 conquistou, finalmente, a sua melhor posição de sempre no Circuito da Boavista. Quarto na grelha de partida, o portuense arrancou bem e, a partir daí, acreditou que um lugar no pódio estava mais perto que nunca.
Na liderança da corrida desde a pole position, Stefano D’Aste tudo fez para aguentar atrás de si os dois Chevrolet Cruze, com Yvan Muller na frente de Robbie Huff. Porém, era uma tarefa condenada ao fracasso. Apesar da vantagem retirada pela tracção traseira no momento do arranque, o italiano depressa acabou por ser suplantado pelos dois Chevrolet, apesar de se ter defendido conforme pode.
Ficou, assim, na frente de Tiago Monteiro que percebeu as debilidades do adversário e passou a atacá-lo sem tréguas. Foi então que D’Aste jogou a seu favor. Uma falsa partida transformou-se em penalização, a cumprir nas boxes e, informado do assunto, Monteiro alterou a sua postura, esperando que o piloto da Wichers-Sport se afastasse da sua frente. E, quando isso sucedeu, limitou-se a controlar pelos espelhos o BMW 320TC de Norbert Michelisz, até receber a bandeira de xadrez. O seu primeiro pódio estava, desde logo, garantido.
Robbie Huff desfeiteou Yvan Muller
Na frente de Tiago Monteiro, contudo, nada estava então decidido. Depois de passar D’Aste, o francês Yvan Muller deu um salto em frente, garantindo um pequeno avanço sobre o italiano e principalmente, sobre o britânico, seu colega de equipa. Porém, D’Aste não conseguiu aguentar, durante muito tempo, a pressão de Huff que, uma vez em segundo lugar, apressou-se a tentar apanhar o líder da corrida, o que, a um ritmo endiabrado, na ordem de um segundo ganho por volta, depressa levou a que os dois carros azuis e brancos passassem a correr em tandem. A duas voltas do final, Huff assinou uma bela ultrapassagem, vistosa e musculada, em plena aceleração. Muller procurou os limites da resistência, dando mesmo um toque na traseira do Cruze de Huff, que o obrigou a cortar a trajetória numa chicane, mantendo contudo o primeiro lugar entretanto conquistado. No final da prova, Muller justificou a facilidade com que o britânico se aproximou, devido a problemas de afinação, descobertos de manhã e que a equipa não conseguiu resolver – antes pelo contrário!
Para Robert Huff, esta foi a sexta vitória da temporada, parecendo embalado para o seu primeiro título no WTCC, campeonato que lidera com 29 pontos de vantagem sobre Yvan Muller e 60 sobre Alain Menu, seus colegas de equipa na Chevrolet.
PALAVRAS DITAS
Robbie Huff:
Esta foi uma corrida mais complicada do que estava à espera. O BMW não foi muito fácil de passar e, quando o consegui fazer, o Yvan [Muller] estava já longe. Tive então que dar o máximo para o apanhar e, quando o consegui, ele foi um adversário duro. Defendeu-se muito bem, mas resisti e acabei por vencer a prova, o que foi um resultado muito positivo, pois aumentei a minha vantagem no comando do campeonato e, agora, vou ainda mais motivado para a próxima prova, que é em minha casa, Donington.
Tiago Monteiro:
Consegui, finalmente, subir ao pódio, na minha cidade natal. Foi o melhor resultado conquistado na Boavista, e teve um sabor a vitória. Melhor, era mesmo impossível, pois os Chevrolet estão inalcançáveis e só em circunstâncias especiais conseguirei um lugar como este.
O carro está já muito competitivo e este resultado, até para nós, foi uma surpresa, depois dos inúmeros problemas sentidos na prova anterior, Brno, em que estreei o novo motor 1.6 T a gasolina.
Realisticamente, o 4º lugar é sempre o melhor a que posso aspirar. Mas tanto pode ser este, como um 3º, um 2º, ou um 7º, tal a competitividade dos meus adversários.
Tiago Monteiro falou em exclusivo da sua alegria de ter subido ao pódio na sua cidade natal. Terceiro na segunda corrida, o piloto do Porto explica como tal foi possível, bem como as dificuldades que teve em suplantar os até agora inacessíveis Chevrolet Cruze.
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